EMPREENDER: AL-Invest no Brasil revela superação de metas nos projetos

EMPREENDER: AL-Invest no Brasil revela superação de metas nos projetos

Nos dias 10 e 11 de outubro, na reta final do programa AL-Invest 5.0, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) recebe membros da União Europeia, da Cainco e de entidades brasileiras executoras de projetos para realizar uma avaliação do programa no país. 

O primeiro dia do AL-Invest no Brasil contou com a presença de autoridades como o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, que destacou a parceria da CACB com a entidade e  o papel do Sebrae na economia do país, citando resultados obtidos com a implantação do Estatuto da Micro e Pequena Empresa e o Simples Nacional. Também fez parte da mesa Conrado Vitor Lopes Fernandes, coordenador-geral de Inteligência em Ambientes de Negócios e Competitividade da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Ministério da Economia. O presidente da Facmat, Jonas Alves, participou da reunião. 

Na abertura, o presidente da CACB, George Pinheiro, agradeceu a participação de todos no evento e ressaltou a importância do trabalho de avaliação que segue até amanhã (11), em Brasília: “O encontro é o coroamento desse projeto que desenvolvemos nos últimos 3 anos”.

Para o vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CACB, Luiz Carlos Furtado Neves, é necessário destacar o diferencial de programas como o Empreender e o AL-Invest 5.0: “São iniciativas que chegam à ponta, porque foram construídas por quem tem interesse em ajudar na organização, no desenvolvimento de micro e pequenos negócios”. “Dos desafios superados no AL-Invest, ficará o aprendizado para o fechamento de novos convênios”, afirmou Furtado, ressaltando também a importância do Sebrae para a continuidade do projeto.
O coordenador executivo da CACB, Carlos Rezende, falou sobre a sinergia do AL-Invest com o Programa Empreender e sobre um grande resultado que o projeto proporcionou: “Não podemos esquecer da rede de cooperação internacional que foi criada. Hoje, o empresário brasileiro que quer fazer negócios na Bolívia, no Peru, tem assistência, pois temos os contatos e agentes, temos apoio da União Europeia, da Eurochambers. Isso é extremamente glorioso para nós”.

“As MPEs são atores centrais no desenvolvimento da região latinoamericana. Além de gerar empregos, o objetivo do AL-Invest é fortalecer o desenvolvimento sustentável”, afirmou o Primeiro Conselheiro e chefe do Setor de Cooperação da União Europeia no Brasil, Stefan Agne, antes do início das apresentações.

O representante da Cainco, Bernardo Llobet Arce, elogiou o trabalho feito pela CACB: “Apesar de desenvolver seu próprio projeto com núcleos setoriais, participou do consórcio e contribuiu com toda a sua expertise, apoiando muitíssimo a Cainco e as demais instituições do Brasil”.

A CACB, que além de executar projetos junto a ACEs e Federações, monitora os projetos das demais entidades, avaliou o projeto no geral. Foram investidos 3 milhões de euros e beneficiados cerca de dez mil empresários. De acordo com a analista técnica Gabriele Oliveira, em execução direta da CACB “foram mais de 260 ações desenvolvidas e 2.900 empresas atendidas. Isso se deu graças a nossa parceria com o Sebrae e com o Empreender Competitivo. É um projeto que deu muitos resultados para os jovens empresários, as mulheres empresárias, as associações, que estão na ponta do Sistema CACB”.

Os representantes das quatro entidades executoras de projetos, além da CACB, expuseram um panorama sobre os projetos em cada região.

A CNI – Confederação Nacional da Indústria desenvolveu, no âmbito do AL-Invest 5.0, o projeto de internacionalização de empresas Rota Global. No evento de avaliação do programa, o coordenador de Serviços de Internacionalização da CNI, Felipe Spaniol, destacou como ponto positivo a abrangência do modelo de atendimento a empresas que foi criado: ”Conseguimos aplicar esse modelo em diferentes realidades e estruturas de instituição. No total, 560 empresas se inscreveram no programa, todas receberam sua avaliação de maturidade internacional. Houve prioridade para empresas lideradas por mulheres, minorias étnicas e portadores de necessidades especiais. O resultado mais expressivo foram os 495 serviços entregues, no período de dezembro (2018) a maio (2019)”. Segundo Spaniol, o destaque do projeto financiado pela comissão europeia é deixar o legado de política pública no Brasil. Ele explica que o Rota Global foi acompanhado pelo Ministério da Economia e que caminha para atender empresas a nível nacional. “Passo a passo, construímos uma estratégia de dialogar com várias entidades, privadas e públicas, para se adotar um modelo único de diagnóstico empresarial”

A superintendente da Assintecal, Ilse Guimarães, trouxe para a reunião os números do projeto desenvolvido no âmbito do AL-Invest, que tem como objetivo reunir empresários do segmento coureiro-calçadista: “Foram feitas intervenções em 2.251 empresas, que, ao final do projeto, aumentaram seu lucro em média em 8%”. Ela destaca a experiência de trabalhar com núcleos setoriais e associações comerciais, que foi nova para a entidade: “Trabalhar com núcleos foi enriquecedor. Foram criados 14, em diversos segmentos”. No período de 2017 a 2019, a entidade se empenhou em apoiar as empresas na sua promoção comercial, capacitações, criação de plataforma web e empoderamento feminino. Entre as ações desenvolvidas, foi citado o programa Inspira Mais, uma feira promovida pela Assintecal que apresenta, a cada semestre, o lançamento de mais de 900 materiais desenvolvidos por empresas dos segmentos calçadista, confecção e moveleiro, estilistas, designers. A última edição contou com a participação de 150 expositores e mais de 6 mil visitantes, além de palestras e exposição de projetos.

Do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa do Pará (Sebrae/PA), a gerente da Área de Soluções e Inovação, Paula Viviane Maia Couceiro, abordou o projeto de melhoria da competitividade das MPEs de artesanato e agroindústria na Amazônia brasileira. “Foram 151 planos de trabalho elaborados e implementados, 76 ações de promoção de espaços comerciais e 46.000 micro e pequenos negócios atendidos”.

A supervisora de projetos da Facisc, Letícia Chierighini, falou sobre o projeto da Federação, cujo objetivo é apoiar ao desenvolvimento das capacidades produtivas, empresariais e associativistas de empresas catarinenses. Segundo a supervisora, foram mais de 6 mil empresas conectadas, mais de 32 mil intervenções feitas junto às empresas e aproximadamente 80 municípios impactados.

Na conclusão do primeiro dia, o representante da União Europeia, Stefan Agne, afirmou que os resultados do AL-Invest no Brasil impressionam por três aspectos: “Primeiramente, porque o projeto conseguiu conectar muitas instituições Além disso, a iniciativa tem uma ligação muito estreita com programas nacionais. Em terceiro lugar, há uma mobilização forte dos empreendedores”. Sobre o desenvolvimento sustentável, o representante afirma: “Esse vai ser o futuro na Europa e da América Latina também”.

Segundo o César Rissete, gerente da Unidade de Competitividade do Sebrae, complementa: “O dia a dia do empresário é difícil, pensar além do dia de trabalho nem sempre é possível. O nosso papel, como instituição, é olhar um pouco mais adiante. Por meio de projetos como o AL-Invest, temos a oportunidade de direcionar a energia para o que é mais efetivo para o empresário a longo prazo. Amanhã é o dia de ouvir o lado do empresário”.

O evento foi retomado nesta sexta-feira (11), no hotel Windsor Brasília. A programação incluirá apresentações de seis casos de sucesso do AL-Invest 5.0 e uma dinâmica em grupo, que envolverá os participantes em uma análise SWOT. O objetivo é identificar problemas e soluções dentro do projeto e das organizações envolvidas, por meio da observação de fatores internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças).

Sobre o AL-Invest

O AL-Invest 5.0 é o maior programa de cooperação econômica da União Europeia na América Latina, cujo objetivo é apoiar o desenvolvimento empresarial na região, reduzindo a pobreza por meio do aprimoramento da produtividade das micro e pequenas empresas, promovendo o seu desenvolvimento sustentável.


Fonte: Assessoria de Imprensa CACB